Última atualização: Maio 20, 2025
Imagem do avatarPor: Bruna da Guarda

Falta pouco tempo para começar a terceira competição mais importante do voleibol mundial. Por isso, a expectativa cresce em torno da Liga das Nações de Voleibol (VNL) que terá início no dia 4 de junho, com a estreia da categoria feminina, e no dia 11 de junho, com o início da disputa masculina. 

Neste ano, o Brasil vai sediar jogos na primeira semana da competição feminina, entre os dias 4 e 8 de junho. Os confrontos já estão definidos: de um lado, a Itália enfrenta a Alemanha; em seguida, o Brasil recebe a República Tcheca; e, por fim, os Estados Unidos jogam contra a Coreia do Sul. No masculino, por sua vez, os jogos em solo brasileiro acontecem entre os dias 11 e 15 de junho. Nessa etapa, a Eslovênia enfrenta Cuba, os Estados Unidos jogam contra a Ucrânia e, por fim, o Brasil encara o Irã.

Esse é o primeiro ano que a competição vai contar com 18 seleções em cada categoria. Nos anos anteriores eram apenas 16 competidores. Por isso não houve rebaixamento em 2024, todas as equipes permaneceram na competição. A China está de volta a disputa masculina, após o rebaixamento em 2023, conquistou sua vaga ao vencer a Copa Challenger de Voleibol de 2024. Por outro lado, a Ucrânia fará sua estreia no masculino, conquistando a vaga restante por conta do Ranking Mundial da FIVB. Na edição feminina, a República Tcheca faz sua estreia na competição após vencer a Challenger Cup feminina de vôlei em 2024. A Bélgica retorna após uma ausência de dois anos também pela boa colocação no Ranking da FIVB.

Como funciona a VNL?

A  Federação Internacional de Vôlei (FIVB) criou a VNL em 2018 para unificar as competições anuais entre as seleções. Essa é a sétima edição do torneio. A VNL substituiu a Liga Mundial, que existia desde 1990 no masculino, e o Grand Prix, que existia desde 1993 no feminino. 

De acordo com a FIVB, a VNL é o terceiro campeonato de seleções mais importante, atrás apenas dos Jogos Olímpicos e do Campeonato Mundial. Esse torneio mantém ativas as competições entre as seleções e fecha o arco de preparação para o ciclo olímpico, por ser a última competição entre seleções antes das olimpíadas.

A Liga das Nações de Voleibol é composta por duas etapas: fase classificatória e fase final, totalizando 116 partidas até a decisão do título. A fase classificatória dura três semanas, com jogos realizados em três cidades diferentes a cada semana. Participam 18 seleções em cada categoria (masculino e feminino), organizadas semanalmente em três grupos com seis equipes cada. Cada equipe disputa 12 jogos nessa fase, mas não enfrenta todas as adversárias. Para equilibrar a logística, a organização intercala os jogos entre as categorias, começando com as seleções femininas, seguidas pelas masculinas, e oferece uma semana de descanso para cada grupo.

As oito seleções com maior pontuação ao fim da classificatória avançam para a fase final. No entanto, o país sede das fases finais tem vaga garantida. Caso sua seleção não esteja entre as oito primeiras, assume a oitava colocação. Em 2025, a Polônia já está classificada entre as mulheres, e a China, entre os homens.

Na fase final, as equipes disputam partidas eliminatórias diretas: quem perde, está fora. Os confrontos começam nas quartas de final, com o primeiro colocado enfrentando o oitavo, o segundo jogando contra o sétimo, o terceiro contra o sexto, e o quarto contra o quinto. Os vencedores avançam às semifinais, seguidas pela disputa do terceiro lugar e, por fim, a grande final.

Seleção Brasileira 

A Seleção Brasileira feminina foi campeã do Grand Prix em 12 edições, totalizando 19 medalhas, entre ouros, pratas e bronzes. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição nesse ranking, com nove medalhas no total. Na atual Liga das Nações, o Brasil ainda não conquistou o ouro: foram três medalhas de prata, obtidas em 2019, 2021 e 2022.

Por outro lado, o time masculino foi campeão da Liga Mundial nove vezes, com 20 medalhas no total, com sete de prata e quatro de bronze. Na VNL conquistou o primeiro ouro na edição de 2021.

A expectativa de ouro para a Seleção Brasileira feminina é grande, já que a equipe avançou para a fase final em quase todas as edições e ficou com o vice-campeonato em três delas. Em contrapartida, a seleção masculina não tem apresentado o mesmo desempenho desde que conquistou o título em 2021. O time foi eliminado nas quartas de final nas três edições seguintes, e, embora a torcida espere que avance à fase final este ano, a equipe não está entre as favoritas ao ouro.

Retrospecto VNL 

A Liga das Nações de Voleibol (VNL) começou em 2018, com 16 seleções participantes. Na estreia, a Rússia foi campeã no masculino e os Estados Unidos no feminino, enquanto o Brasil terminou em quarto lugar em ambas as categorias. 

Em 2019, o cenário se repetiu para os homens, com o Brasil novamente em quarto e a Rússia bicampeã. A seleção feminina disputou a final, mas os EUA venceram por três sets a dois.

A edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. No retorno, em 2021, o Brasil conquistou seu primeiro ouro no masculino ao vencer a Polônia na final. No feminino, o time brasileiro também chegou à decisão, mas ficou com a prata após nova derrota para os EUA.

Em 2022, o time masculino teve desempenho abaixo do esperado, ficando em sexto na fase classificatória e fora da disputa por medalhas. A França ficou com o ouro, os EUA com a prata e a Polônia com o bronze. No feminino, o Brasil voltou ao pódio com a prata, atrás da campeã Itália e à frente da Sérvia.

Em 2023, a seleção masculina caiu nas quartas para a Polônia, que terminou em terceiro lugar. A França conquistou o título ao vencer o Japão, que ficou com a prata. Foi também o primeiro ano em que a seleção feminina brasileira não avançou à fase final, sendo eliminada pela China. A Turquia foi a campeã, seguida pela China e pela Polônia.

Na edição de 2024, os homens terminaram a fase classificatória em sétimo e foram eliminados pela Polônia nas quartas. A França venceu o Japão na final e garantiu seu segundo ouro. A equipe feminina brasileira encerrou bem a primeira fase, liderando a classificação, mas ficou fora do pódio, em quarto lugar. A Itália foi campeã, o Japão vice, e a Polônia levou o bronze.

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Bruna da Guarda

Graduanda em Jornalismo pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Sou apaixonada por esportes como futebol, vôlei e artes marciais. Também tenho interesse em jornalismo literário e cultural e dedico meu tempo livre à leitura.

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