Última atualização: Março 12, 2025
Por: Rodrigo Azevedo

O Atlético Mineiro passou por um ano de mudanças com a troca de Milito por Cuca, além de reformular o elenco com saídas e contratações.

Análise do Brasileirão: Atlético Mineiro
Pedro Souza / Atlético

O Clube Atlético Mineiro viveu um ano de transformações dentro e fora de campo. Gabriel Milito comandou a equipe na conquista do Campeonato Mineiro, mas o time sofreu derrotas nas finais da Copa do Brasil e da Libertadores. Essas eliminações levaram à demissão do treinador, abrindo espaço para a chegada de Cuca na temporada seguinte. Além disso, a diretoria modificou o elenco, promovendo saídas importantes e contratando reforços de peso.

Mudanças Táticas

Em 2024, Gabriel Milito implementou o esquema 4-4-2 no Galo, apostando em duas linhas de quatro. Hulk e Paulinho formaram a dupla de ataque, enquanto Zaracho, Alan Franco, Otávio e Gustavo Scarpa organizaram o meio-campo.

Com a chegada de Cuca, a equipe passou a jogar no esquema 4-2-3-1. Hulk (ou Rony, quando o veterano não estava disponível) assumiu a função de centroavante. Scarpa, Cuello e Gabriel Menino compuseram a linha de três ofensiva. Quando Hulk jogava, Rony ocupava a posição de Menino.

Destaques da Temporada

O Atlético-MG conquistou o Campeonato Mineiro pela quinta vez consecutiva ao derrotar o Cruzeiro na final. Na Copa Libertadores, o time fez uma campanha forte, encerrando a fase de grupos com a segunda melhor campanha geral e alcançando a final, onde terminou como vice-campeão diante do Botafogo. Na Copa do Brasil, a equipe também ficou com o vice-campeonato, após perder a decisão para o Flamengo. No Campeonato Brasileiro, o Galo finalizou em 12º lugar, com 47 pontos, garantindo uma vaga na fase de grupos da Copa Sul-Americana de 2025.

Hulk: manteve-se como o principal nome do time. Aos 38 anos, marcou 19 gols e distribuiu 13 assistências em 53 partidas, consolidando sua importância no elenco.

Everson: destacou-se como um dos melhores jogadores da temporada. O goleiro realizou defesas fundamentais, especialmente nas finais, evitando placares mais elásticos contra o Flamengo.

Battaglia: adaptou-se à posição de zagueiro sob o comando de Milito e tornou-se uma peça-chave na defesa. Além disso, mostrou eficiência no ataque ao marcar gols importantes contra o San Lorenzo e o São Paulo.

Paulinho: não repetiu o brilho da temporada de 2023, quando anotou 31 gols, mas ainda assim terminou como artilheiro da equipe ao lado de Hulk, ambos com 19 gols.

Saídas do Galo

O Atlético-MG realizou diversas mudanças no elenco e arrecadou R$141,7 milhões com negociações. A diretoria vendeu Otávio ao Fluminense por R$8,6 milhões, Zaracho retornou ao Racing por R$12,1 milhões, e Battaglia acertou sua transferência para o Boca Juniors por R$6 milhões. A maior negociação envolveu Paulinho, que se transferiu para o Palmeiras por R$115 milhões. Outros jogadores saíram por empréstimo, como Paulo Vitor (Criciúma), Maurício Lemos (Vasco), Matheus Mendes (América-MG), Robert (Atlético-GO) e Bruno Fuchs (Palmeiras). Eduardo Vargas seguiu para o Nacional-URU, enquanto Alan Kardec e Mariano deixaram o clube sem renovação, acertando com Athletico-PR e América-MG, respectivamente.

Chegadas no Galo

Para reforçar o elenco, o Galo investiu R$147,5 milhões em contratações. Iván Román (Palestino) chegou por R$11,4 milhões, Rony (Palmeiras) por R$38,8 milhões, Cuello (Athletico-PR) por R$36 milhões, Júnior Santos (Botafogo) por R$48,6 milhões e Natanael (Coritiba) por R$7 milhões. Além dessas contratações, Caio Paulista e Vitor Hugo chegaram por empréstimo. O técnico Cuca reassumiu o comando da equipe, enquanto Gabriel Menino e Patrick foram incluídos na negociação de Paulinho. A diretoria também comprou Robert (Athletic) por R$3 milhões e João Marcelo (Guarani) por R$2,7 milhões.

Opinião

O Galo perdeu titulares importantes, como Paulinho, Zaracho e Otávio, mas repôs as saídas com novas contratações, tornando o elenco mais equilibrado. Com o retorno de Cuca, a equipe manteve sua força ofensiva com Hulk, Rony e Cuello, além de reforçar o meio-campo com Gabriel Menino e Patrick.

Nos mata-matas, o time mostrou competitividade, chegando às finais da Libertadores e da Copa do Brasil. No Brasileirão, porém, terminou apenas em 12º. Com o elenco atual, o Galo deve brigar por títulos nos torneios eliminatórios, mas, no campeonato de pontos corridos, a tendência é disputar uma vaga na Copa Libertadores.

Rodrigo Azevedo

Estudante de Jornalismo na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), atualmente no sexto semestre. Apaixonado por futebol em todas as suas formas, dedica-se ao esporte local, nacional e internacional, com um carinho especial pelo Chelsea, o maior clube de Londres.

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