O Atlético Mineiro passou por um ano de mudanças com a troca de Milito por Cuca, além de reformular o elenco com saídas e contratações.

O Clube Atlético Mineiro viveu um ano de transformações dentro e fora de campo. Gabriel Milito comandou a equipe na conquista do Campeonato Mineiro, mas o time sofreu derrotas nas finais da Copa do Brasil e da Libertadores. Essas eliminações levaram à demissão do treinador, abrindo espaço para a chegada de Cuca na temporada seguinte. Além disso, a diretoria modificou o elenco, promovendo saídas importantes e contratando reforços de peso.
Mudanças Táticas
Em 2024, Gabriel Milito implementou o esquema 4-4-2 no Galo, apostando em duas linhas de quatro. Hulk e Paulinho formaram a dupla de ataque, enquanto Zaracho, Alan Franco, Otávio e Gustavo Scarpa organizaram o meio-campo.
Com a chegada de Cuca, a equipe passou a jogar no esquema 4-2-3-1. Hulk (ou Rony, quando o veterano não estava disponível) assumiu a função de centroavante. Scarpa, Cuello e Gabriel Menino compuseram a linha de três ofensiva. Quando Hulk jogava, Rony ocupava a posição de Menino.
Destaques da Temporada
O Atlético-MG conquistou o Campeonato Mineiro pela quinta vez consecutiva ao derrotar o Cruzeiro na final. Na Copa Libertadores, o time fez uma campanha forte, encerrando a fase de grupos com a segunda melhor campanha geral e alcançando a final, onde terminou como vice-campeão diante do Botafogo. Na Copa do Brasil, a equipe também ficou com o vice-campeonato, após perder a decisão para o Flamengo. No Campeonato Brasileiro, o Galo finalizou em 12º lugar, com 47 pontos, garantindo uma vaga na fase de grupos da Copa Sul-Americana de 2025.
Hulk: manteve-se como o principal nome do time. Aos 38 anos, marcou 19 gols e distribuiu 13 assistências em 53 partidas, consolidando sua importância no elenco.
Everson: destacou-se como um dos melhores jogadores da temporada. O goleiro realizou defesas fundamentais, especialmente nas finais, evitando placares mais elásticos contra o Flamengo.
Battaglia: adaptou-se à posição de zagueiro sob o comando de Milito e tornou-se uma peça-chave na defesa. Além disso, mostrou eficiência no ataque ao marcar gols importantes contra o San Lorenzo e o São Paulo.
Paulinho: não repetiu o brilho da temporada de 2023, quando anotou 31 gols, mas ainda assim terminou como artilheiro da equipe ao lado de Hulk, ambos com 19 gols.
Saídas do Galo
O Atlético-MG realizou diversas mudanças no elenco e arrecadou R$141,7 milhões com negociações. A diretoria vendeu Otávio ao Fluminense por R$8,6 milhões, Zaracho retornou ao Racing por R$12,1 milhões, e Battaglia acertou sua transferência para o Boca Juniors por R$6 milhões. A maior negociação envolveu Paulinho, que se transferiu para o Palmeiras por R$115 milhões. Outros jogadores saíram por empréstimo, como Paulo Vitor (Criciúma), Maurício Lemos (Vasco), Matheus Mendes (América-MG), Robert (Atlético-GO) e Bruno Fuchs (Palmeiras). Eduardo Vargas seguiu para o Nacional-URU, enquanto Alan Kardec e Mariano deixaram o clube sem renovação, acertando com Athletico-PR e América-MG, respectivamente.
Chegadas no Galo
Para reforçar o elenco, o Galo investiu R$147,5 milhões em contratações. Iván Román (Palestino) chegou por R$11,4 milhões, Rony (Palmeiras) por R$38,8 milhões, Cuello (Athletico-PR) por R$36 milhões, Júnior Santos (Botafogo) por R$48,6 milhões e Natanael (Coritiba) por R$7 milhões. Além dessas contratações, Caio Paulista e Vitor Hugo chegaram por empréstimo. O técnico Cuca reassumiu o comando da equipe, enquanto Gabriel Menino e Patrick foram incluídos na negociação de Paulinho. A diretoria também comprou Robert (Athletic) por R$3 milhões e João Marcelo (Guarani) por R$2,7 milhões.
Opinião
O Galo perdeu titulares importantes, como Paulinho, Zaracho e Otávio, mas repôs as saídas com novas contratações, tornando o elenco mais equilibrado. Com o retorno de Cuca, a equipe manteve sua força ofensiva com Hulk, Rony e Cuello, além de reforçar o meio-campo com Gabriel Menino e Patrick.
Nos mata-matas, o time mostrou competitividade, chegando às finais da Libertadores e da Copa do Brasil. No Brasileirão, porém, terminou apenas em 12º. Com o elenco atual, o Galo deve brigar por títulos nos torneios eliminatórios, mas, no campeonato de pontos corridos, a tendência é disputar uma vaga na Copa Libertadores.