Última atualização: Fevereiro 18, 2025
Por: Rodrigo Azevedo

O Bahia inicia 2025 buscando evolução após um Brasileirão de altos e baixos, em que garantiu vaga na pré-Libertadores. Sob o comando de Rogério Ceni, mantém a identidade tática e reforça o elenco para brigar por títulos na temporada.

Análise do Brasileirão: Bahia
Olga Leiria | Ag. A TARDE

O Esporte Clube Bahia vive um novo ciclo em 2025, mantendo a identidade tática e promovendo ajustes no elenco para encarar os desafios da temporada. Com um estilo de jogo bem definido sob o comando de Rogério Ceni, a equipe busca consolidar sua posição no cenário nacional e internacional após garantir a classificação para a pré-Libertadores.

Como joga o Bahia?

Na temporada passada, o Bahia variava entre o 4-4-2 e o 4-3-3, explorando a qualidade do meio-campo, setor mais talentoso do elenco. O quarteto Jean Lucas, Caio Alexandre, Cauly e Éverton Ribeiro foi a espinha dorsal da equipe. No 4-4-2, atuavam juntos no setor central, enquanto no 4-3-3, Cauly era adiantado para a linha ofensiva, mantendo liberdade para organizar o jogo. No entanto, o ponto fraco do time de Ceni acabou sendo o ataque, que não correspondia à grande quantidade de chances criadas.

Em 2025, a equipe segue utilizando essas mesmas formações, com eventuais adaptações, incluindo testes com um 3-5-2. Dessa forma, a identidade tática permanece, e o Bahia segue priorizando um jogo ofensivo e de posse de bola.

Retrospecto de 2024

Apesar do alto investimento, a temporada do Bahia teve altos e baixos. O time perdeu o Campeonato Baiano para o rival Vitória e caiu na semifinal da Copa do Nordeste para o CRB, nos pênaltis. Além disso, na Copa do Brasil, avançou até as quartas de final, sendo eliminado pelo Flamengo.

No Campeonato Brasileiro, viveu um primeiro turno brilhante, chegando a liderar a competição. Contudo, uma queda de rendimento na reta final quase comprometeu a classificação para a Libertadores. No fim, o Tricolor de Aço garantiu uma vaga na fase preliminar do torneio continental, encerrando um jejum de 35 anos.

Destaques da temporada passada

O Bahia teve destaques individuais que foram fundamentais na temporada. Com um meio-campo forte, mas um ataque não tão eficiente, alguns jogadores se sobressaíram e ajudaram a equipe a alcançar seus objetivos.

Thaciano – Mesmo não sendo um centroavante de ofício, terminou como artilheiro do Bahia em 2024, com 15 gols. O meio-campista atuou grande parte da temporada como atacante. Por fim, foi vendido ao Santos por R$32 milhões.

Biel – Principal ‘garçom’ do time, distribuiu 10 assistências, superando Cauly e Éverton Ribeiro. Apesar do bom desempenho, foi vendido ao Sporting-POR por R$48 milhões.

Caio Alexandre – Peça fundamental, disputou 64 dos 69 jogos do clube na temporada, sendo o jogador com mais participações.

Cauly – Conseguiu um feito notável ao se tornar o quinto jogador de linha a atuar nas 38 rodadas do Brasileirão na última década.

Rogério Ceni – No comando desde setembro de 2023, tornou-se o primeiro treinador a iniciar e terminar uma temporada pelo Bahia em 17 anos. Em 2024, comandou a equipe em 66 jogos, com 34 triunfos, 20 derrotas e 12 empates, alcançando um aproveitamento de 57%. O time marcou 102 gols e sofreu 67.

Vai e vem no elenco

O Tricolor fez movimentações estratégicas no mercado e trouxe reforços de peso para a temporada. Entre os principais nomes, Erick, destaque do Athletico-PR, chegou por R$28,8 milhões, enquanto Michel Araújo, ex-São Paulo, foi adquirido por R$16 milhões. Além disso, o meio-campo também ganhou Rodrigo Nestor, comprado junto ao clube paulista por R$9,4 milhões, e Erick Pulga, que se destacou no Ceará, contratado por R$15,4 milhões. No ataque, Willian José chegou sem custos após rescindir com o Spartak Moscou. Ademais, o Tricolor também fechou com David Martins e Santiago Mingo, somando um investimento total de aproximadamente R$109 milhões em reforços.

Por outro lado, o clube também teve saídas importantes. Por exemplo, Víctor Cuesta assinou com o Newell’s Old Boys após o fim de contrato, e Adriel retornou ao Grêmio. Além disso, Carlos de Pena não renovou, enquanto Cicinho acertou com o Noroeste. Thaciano foi negociado com o Santos por R$32 milhões, e Rafael Ratão seguiu para o futebol japonês. Por fim, Matheus Bahia renovou com o Ceará, e Biel foi a venda mais cara da história do clube, transferindo-se para o Sporting-POR por R$48 milhões.

Expectativas para 2025

Com a classificação para a pré-Libertadores, o Bahia inicia 2025 com grandes ambições. A equipe se reforçou bem, mantendo a espinha dorsal e trazendo peças importantes para suprir as saídas. Nesse sentido, o desafio será manter a regularidade ao longo da temporada e melhorar a eficiência no ataque. Se tudo der certo, o Bahia pode brigar por títulos que consolidem a reconstrução do Tricolor de Aço e o mantenham no grupo dos grandes clubes do Brasil.

Rodrigo Azevedo

Estudante de Jornalismo na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), atualmente no sexto semestre. Apaixonado por futebol em todas as suas formas, dedica-se ao esporte local, nacional e internacional, com um carinho especial pelo Chelsea, o maior clube de Londres.

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