O Bahia inicia 2025 buscando evolução após um Brasileirão de altos e baixos, em que garantiu vaga na pré-Libertadores. Sob o comando de Rogério Ceni, mantém a identidade tática e reforça o elenco para brigar por títulos na temporada.

O Esporte Clube Bahia vive um novo ciclo em 2025, mantendo a identidade tática e promovendo ajustes no elenco para encarar os desafios da temporada. Com um estilo de jogo bem definido sob o comando de Rogério Ceni, a equipe busca consolidar sua posição no cenário nacional e internacional após garantir a classificação para a pré-Libertadores.
Como joga o Bahia?
Na temporada passada, o Bahia variava entre o 4-4-2 e o 4-3-3, explorando a qualidade do meio-campo, setor mais talentoso do elenco. O quarteto Jean Lucas, Caio Alexandre, Cauly e Éverton Ribeiro foi a espinha dorsal da equipe. No 4-4-2, atuavam juntos no setor central, enquanto no 4-3-3, Cauly era adiantado para a linha ofensiva, mantendo liberdade para organizar o jogo. No entanto, o ponto fraco do time de Ceni acabou sendo o ataque, que não correspondia à grande quantidade de chances criadas.
Em 2025, a equipe segue utilizando essas mesmas formações, com eventuais adaptações, incluindo testes com um 3-5-2. Dessa forma, a identidade tática permanece, e o Bahia segue priorizando um jogo ofensivo e de posse de bola.
Retrospecto de 2024
Apesar do alto investimento, a temporada do Bahia teve altos e baixos. O time perdeu o Campeonato Baiano para o rival Vitória e caiu na semifinal da Copa do Nordeste para o CRB, nos pênaltis. Além disso, na Copa do Brasil, avançou até as quartas de final, sendo eliminado pelo Flamengo.
No Campeonato Brasileiro, viveu um primeiro turno brilhante, chegando a liderar a competição. Contudo, uma queda de rendimento na reta final quase comprometeu a classificação para a Libertadores. No fim, o Tricolor de Aço garantiu uma vaga na fase preliminar do torneio continental, encerrando um jejum de 35 anos.
Destaques da temporada passada
O Bahia teve destaques individuais que foram fundamentais na temporada. Com um meio-campo forte, mas um ataque não tão eficiente, alguns jogadores se sobressaíram e ajudaram a equipe a alcançar seus objetivos.
Thaciano – Mesmo não sendo um centroavante de ofício, terminou como artilheiro do Bahia em 2024, com 15 gols. O meio-campista atuou grande parte da temporada como atacante. Por fim, foi vendido ao Santos por R$32 milhões.
Biel – Principal ‘garçom’ do time, distribuiu 10 assistências, superando Cauly e Éverton Ribeiro. Apesar do bom desempenho, foi vendido ao Sporting-POR por R$48 milhões.
Caio Alexandre – Peça fundamental, disputou 64 dos 69 jogos do clube na temporada, sendo o jogador com mais participações.
Cauly – Conseguiu um feito notável ao se tornar o quinto jogador de linha a atuar nas 38 rodadas do Brasileirão na última década.
Rogério Ceni – No comando desde setembro de 2023, tornou-se o primeiro treinador a iniciar e terminar uma temporada pelo Bahia em 17 anos. Em 2024, comandou a equipe em 66 jogos, com 34 triunfos, 20 derrotas e 12 empates, alcançando um aproveitamento de 57%. O time marcou 102 gols e sofreu 67.
Vai e vem no elenco
O Tricolor fez movimentações estratégicas no mercado e trouxe reforços de peso para a temporada. Entre os principais nomes, Erick, destaque do Athletico-PR, chegou por R$28,8 milhões, enquanto Michel Araújo, ex-São Paulo, foi adquirido por R$16 milhões. Além disso, o meio-campo também ganhou Rodrigo Nestor, comprado junto ao clube paulista por R$9,4 milhões, e Erick Pulga, que se destacou no Ceará, contratado por R$15,4 milhões. No ataque, Willian José chegou sem custos após rescindir com o Spartak Moscou. Ademais, o Tricolor também fechou com David Martins e Santiago Mingo, somando um investimento total de aproximadamente R$109 milhões em reforços.
Por outro lado, o clube também teve saídas importantes. Por exemplo, Víctor Cuesta assinou com o Newell’s Old Boys após o fim de contrato, e Adriel retornou ao Grêmio. Além disso, Carlos de Pena não renovou, enquanto Cicinho acertou com o Noroeste. Thaciano foi negociado com o Santos por R$32 milhões, e Rafael Ratão seguiu para o futebol japonês. Por fim, Matheus Bahia renovou com o Ceará, e Biel foi a venda mais cara da história do clube, transferindo-se para o Sporting-POR por R$48 milhões.
Expectativas para 2025
Com a classificação para a pré-Libertadores, o Bahia inicia 2025 com grandes ambições. A equipe se reforçou bem, mantendo a espinha dorsal e trazendo peças importantes para suprir as saídas. Nesse sentido, o desafio será manter a regularidade ao longo da temporada e melhorar a eficiência no ataque. Se tudo der certo, o Bahia pode brigar por títulos que consolidem a reconstrução do Tricolor de Aço e o mantenham no grupo dos grandes clubes do Brasil.