O Vitória inicia 2025 com uma base mantida e reforços pontuais, buscando melhorar sua performance no Brasileirão após a boa campanha de 2024.

O Esporte Clube Vitória inicia 2025 com uma base mantida e reforços pontuais para a temporada. Após um ano de altos e baixos, com direito à conquista do Campeonato Baiano e uma recuperação impressionante no Brasileirão, que garantiu vaga na Copa Sul-Americana, o Leão agora busca objetivos ainda mais ambiciosos.
O Estilo de Jogo
Durante 2024, o Vitória alternou entre as formações 3-5-2 e 4-2-3-1. Na primeira, os laterais desempenharam papel crucial no apoio ofensivo, com destaque para Lucas Esteves, que se consolidou como um dos melhores da posição no campeonato. Já no esquema 4-2-3-1, a equipe centralizava as jogadas em Matheusinho, referência criativa no meio-campo. Ambas as formações favoreciam o centroavante Alerrandro, artilheiro da equipe durante a temporada.
Para 2025, o treinador Thiago Carpini opta por manter o esquema 4-2-3-1, utilizando tanto Matheusinho quanto Wellington Rato na armação, buscando maior equilíbrio entre defesa e ataque. No entanto, com algumas mudanças no elenco, o técnico enfrentará desafios para manter o alto nível apresentado anteriormente, agora com jogadores de características diferentes.
Destaques da temporada passada
Alerrandro – Emprestado pelo Red Bull Bragantino, o centroavante brilhou em 2024, sendo o artilheiro do time com 21 gols, incluindo 15 no Brasileirão, o que o colocou no topo da artilharia, empatado com Yuri Alberto. O atleta, entretanto, retornou ao clube de Bragança após o fim de seu empréstimo.
Lucas Esteves – O lateral-esquerdo se destacou pelo poder ofensivo, chamando a atenção do Grêmio, que acionou sua multa rescisória e o levou a Porto Alegre.
Matheusinho – Peça-chave no setor criativo, foi o principal garçom da equipe e fundamental para a permanência na Série A. O meia teve seu contrato renovado até 2028.
Wagner Leonardo – Capitão e pilar defensivo, o zagueiro teve grandes atuações nos últimos anos, despertando até o interesse do rival Bahia, mas a negociação não foi concretizada.
Campanha em 2024
Sob a liderança de Léo Condé, o Leão encerrou um jejum de sete anos ao conquistar o Campeonato Baiano, superando o Bahia. No Brasileirão, o início foi difícil, e, em determinado momento, o rebaixamento parecia inevitável, o que resultou na demissão do técnico. Com Thiago Carpini assumindo o comando, a equipe teve uma recuperação impressionante e encerrou a competição na 11ª posição, com 47 pontos, 13 vitórias e 45 gols marcados, garantindo não só a permanência na Série A, como também a classificação para a Copa Sul-Americana de 2025.
Movimentações no Elenco
O Vitória perdeu peças importantes para a nova temporada. O destaque foi Alerrandro, que não teve seu empréstimo renovado com o Bragantino e deixou o clube. Além disso, Lucas Esteves foi negociado com o Grêmio por R$5,9 milhões. Outros jogadores como Jean Mota, Luan e PK também não fazem mais parte dos planos da equipe.
Para suprir as saídas e reforçar o elenco, o Leão trouxe novas contratações, como: o meia-atacante Wellington Rato, contratado por R$5 milhões até 2027; o atacante Lucas Braga, ex-Santos, com contrato de três anos; Hugo e Lucas Halter, que vieram do Botafogo, chegando por empréstimo; o volante Gabriel Baralhas, que chega com passagens por Internacional e Atlético-GO, trazendo solidez ao meio-campo; o atacante Carlinhos, do Flamengo, também por empréstimo; o jovem atacante Fabrício Santos, vindo do Levante; e o goleiro Gabriel Vasconcellos, destaque do Juventude no último ano.
Dessa forma, o Vitória se prepara para os desafios da temporada com um elenco reformulado e com a esperança de um ano ainda mais competitivo. O clube disputará uma competição internacional após nove anos, sendo a última vez em 2016, quando participou da Copa Sul-Americana. O objetivo agora é lutar por uma posição mais alta na tabela, buscando repetir o bom desempenho de 2024. Embora ainda não esteja pronto para brigar por título ou vaga na Libertadores, o time mostrou no último ano, que pode competir de igual para igual com clubes tradicionais do país.